Quando é hora de ir...

Eu cheguei a dizer... Eu deixei com que você soubesse o que eu realmente queria sentir e o que eu tenho a oferecer.

Será esse talvez, o erro?

Não sei ser diferente disso, se não for pra sentir sua pele queimar junto com a minha a noite inteira e deixar com que esse sentimento transborde para dentro de nossas essências, eu juro, do fundo de minha alma – não quero.

Envolvi-me na delicia de seus lábios e no papo de seu instinto carinhoso, porém minha intensidade para você pareceu outra coisa... Você se enganou, eu apenas gosto de explorar todos os sentidos ao máximo, por que meu prazer supremo depende do seu, é apenas isso. O fato de eu gostar de não ter limites para as sensações não esconde o fato de que sou mulher, e que preciso ser olhada nos olhos a fim de vislumbrar sua alma.

Não vou ficar neste lugar sem saber qual será sua próxima carta... Eu posso sangrar, pois você não deixa claro as regras de seu jogo, na verdade eu não quero jogar, já estive aqui antes e não foi bom, é muito excitante sim, mas dói depois, é muito ácido. Eu quero viver e quero que o prazer seja puro e não induzido por uma sedução perversa que fica me observando querendo saber até que ponto eu posso ir... Não há motivos pra isso.

Eu só quero tocar-te com profundidade... Superficialidade já não me vira mais a cabeça... Lamento, pois nossos corpos se entendem, entretanto seu coração bloqueia outras possibilidades... E agora estamos sem verdade... É incomodo o que sinto agora, mas vou deixar você continuar caminhando na mesma estrada em que nos encontramos, que é incerta, e eu já entendi que não quero ficar nesta curva de dúvidas e impossibilidades!

Só venha se for para me tirar o ar ao me deixar conhecer-te o verdadeiro intimo. Toque-me somente se não tiver a intenção de me deixar sentir solta... Tenha-me, se for para penetrar a alma e não unicamente sua superfície.

Caso contrário eu te abraço com muita força, beijo seu rosto e me afasto. Se você não se deixa transbordar eu terei que ir.

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