segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Caça

Mais uma dessas noites em que eu não esperava nada, eu nunca espero nada da noite e nem de ninguém exceto os devaneios, a loucura de duas garrafas de vinho e um pouco de insanidade em algum canto dessa cidade indecente que amo. Já era tarde quando eu resolvi sair à caça de alguma coisa que me causasse gargalhadas sobre uma vida repleta de hipocrisia, então encontrei uma amiga, sentamos em um desses bares que servem bebida barata e é cheio de pessoas que querem sempre mais, confesso que isso me atrai despertando uma forte vontade de cruzar as pernas e ficar observando as peculiaridades do ser, é engraçado e nada construtivo, mas no mínimo te faz perceber como a humanidade é tosca e como as atitudes são todas baseadas em algum tipo de interesse, seja ele verbal, físico ou mental, todo mundo unicamente quer satisfazer suas próprias necessidades!
Na alta madrugada tudo acontece desde um alto grau de embriaguez a um olhar masculino que te induz a começar a ver as coisas de uma forma mais lasciva, eu estava exatamente neste nível quando um amigo conhecido chegou acompanhado de outros dois que a mim eram desconhecidos, um destes fez crescer meu interesse por uma sacanagem qualquer, mas a noite apenas começara e o jogo do flerte também, ali ganharia quem soubesse aproveitar cada instante da perversidade causada por mais um gole... Foi o que fiz, pedi mais um drink.

O estilo do cara era o meu número, casaco de couro, boina na cabeça e muitos comentários sacanas... Ao mesmo tempo ele deixava escapar detalhes que expressavam medos e dores secretas e aquilo o fez meu objeto de desejo temporário... Mas você sabe, depois de tantas doses e também por culpa dos monstros do passado, agressivamente eu tratei aquele ser ao qual eu estava desejando tanto, porém seu bom humor além de me matar de rir, não conseguiu ser afetado pela minha amargura!

Ele queria saciar-se, assim como eu, mas ao fim daquela noite eu recusei sua companhia e tão pouco beijei seus lábios para me despedir! Ele foi para um lado e eu para outro, a única coisa que tenho é seu telefone, com certeza nem de meu nome ele lembra, porém alguma coisa em mim ficou! Eu não sei o que é... O que sei é que a cada segundo que passa minha curiosidade é aguçada pela vontade de mais uma noite poder encontrá-lo e fazer um final diferente sem muitos dizeres e mais respiração ofegante... Sem tantas gargalhadas e sim sussurros ao pé do ouvido, unhas e línguas cantando uma música chamada - prazer.

É meu querido, se meu instinto lhe encontrar por aí, podemos otimizar nossas musculaturas unindo elas numa dança de contrações causadas por arrepios e toques de perversões, o que você acha?

Unicamente sei que entre uma dose de whisky, a necessidade vital e o desejo de um intenso suspirar de gemidos e suores corporais é que espero possuir-te!
***
Ao som de:


2 comentários:

Um Pouco Sobre Isso disse...

parabéns pelo blog. Estou seguindo, e sempre que puder passo e comento. Espero sua visita no nosso blog!
http://umpoucosobreisso.blogspot.com/

Andréia Silva disse...

Uau!
Muito lindo e sugestivo o post!
Fazia tempo que não te visitava!
Abraço, bom findi!