domingo, 31 de julho de 2011

Dor da Própria Dor

Dor...


Dor do peso...

Leveza...

Dor do nada.

Da vida

De respirar...

Dor de existir e caminhar.

Dor do pensamento... Do medo e do tempo...

Dor de sorrir! Mentir!

Dor a acariciar e a agredir... Falar ou aplaudir, esta tão ridícula dor resumida em simples suspiros insanos ousados de pura inércia... Cheios de intenções obsessivas querendo prazer travestido de dor! Única dor, somente dor, o que ainda a alma dormente e já sem vida insiste em transmitir para o resto do corpo e a traz até no respingo de suor do rosto...

Eu sinto correr sangue nas veias... Sim! Gelado e com muita dor!

Dor de sobreviver... Da felicidade!

Tudo dói... Tudo é esta maldita dor andando a frente e ao lado do espectro vivente que tem meu nome...

Dizem que sou “eu”... Mas “eu” digo que sou dor!

Outros dizem que tenho talento, carisma, dons... Entretanto eu só quero ter menos insônia e quem sabe, entender o que é que dói mais: a dor de estar sempre cheia, ou do veneno corrosivo chamado VAZIO!

Mas quem se importa com isso?

Então gire... Gire vai? ... E gire rápido roda gigante! Eu quero ver o céu, as estrelas e quero principalmente ouvir o vento dizer que a dor intensa da vida jamais terá cura, portanto acalme-se transeunte; faz parte do caos... É a dança constante do fim!
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