Ambivalência

Talvez ainda não tenha me decidido... Quando falo da exatidão de minhas opiniões!


Realmente acho que não me decidi sobre ser uma mulher séria; de salto alto, ambiciosa e poderosa, ou uma jovem sonhadora artista: jeans batido, tênis velho, argumentativa e brincalhona.

E então? O que melhor me cairia?

Pode ser que ainda não tenha decidido sobre meu humor: sarcástico? Intragável? Irônico? Pessimista? Ou alto- astral? Cerveja, whiskey, suco? Cigarro? Limpeza?

Padrões ou estilo? Orgia ou solidão?

Talvez ainda não tenha me decidido por não querer exatidão! Nada é exato! A filosofia sempre abre novas portas para questionar e quando o amor passa do substantivo para o verbo; tudo deixa de ter sentido; nada tem fim... Se não tem fim, não é exato... Se não é exato não tem porque ser esperado... Se não é esperado será surpresa, e sentirei um arrepio correr minha essência! Meu coração vai disparar! Não saberei se sou mulher ambiciosa ou jovem artista! Entregar-me-ei! Quando voltarmos a si, você me dirá quem sou!

Eu tenho você, paixão eterna neste encontro de almas, porém não somos acessíveis diante de nosso orgulho; será melhor qualquer companhia que me satisfaça o ego, e deixo você em uma caixinha dentro do infinito incerto – ou não – de nossos passos?

Ainda assim não me decidi!

Não questionarei sua culpa, se você a sente é porque de alguma forma ama! Deixou o substantivo; sim, você está vivo... Nós dois estamos!

Abrace-me, pois ainda não nos decidimos, e acabo de entender que nada tem fim!
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Lê Stabilli
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